Bunker
Meu nome é Ziva Odarp, nasci em Jerusalém, sou pianista, advogada, técnica em estratégias em estruturas colapsadas e busca e salvamento de perdidos na selva e em grandes tragédias, sou formada pelo COE (Comando de Operações Especiais) e pelo SIE (Serviço de Inteligência de Israel).
Sou Comandante Ziva Odarp já participei de brilhantes atuações com o exército de Israel no Haiti, nos tsunamis no Japão, Indonésia, Índia, no Brasil na cidade de Minas Gerais em Mariana e atualmente em Brumadinho na localização de pessoas soterradas e desaparecidas pelas avalanches de terras e rejeitos. Sempre com o brilhantismo de sempre eu Comandante Ziva Odarp e minha equipe seguimos as nossas missões.
Em Israel a minha pátria mãe, sempre comento!
Estou na guerra por coação e não por opção, foi a única maneira que encontrei para defender a minha família, meus conterrâneos e o meu país!
De combate em combate ao lado de grandes guerreiros fui recebendo condecorações e reconhecimento. Hoje por merecimento ocupo o posto de General, estou à frente da tropa e meu lema não é recuar, a menos que for por estratégia, vamos pra cima porque nossa única saída é a vitória.
O meu lado e sangue de Israel não me impede de ser humana em querer saber os porquês de tanto ódio e derramamento de sangue de ambos os lados!
Naquele dia acordei com o pé direito, aliás, com o "coturno" direito, mesmo estando com o corpo
surrado pela fadiga e estresse do dia anterior aos bombardeios, segui em meio às ruínas, e tudo que aquela chuva de bombas dos três dias anteriores deixaram, um caos total que os meus olhos puderam presenciar com tanto pesar.
Desta vez, não tinha corpos, destroços, apenas edificações destruídas, sem vida e muito menos harmonia. Era muito pó, gases, fumaças tóxicas, muito inóspito para o ser humano viver!
Naquele dia como uma bússola escolhi um caminho e segui, após duas horas de caminhada bem distante do vilarejo de….o calor intenso, a poeira com aquele odor de pólvora e madeira queimados, judiava mais e mais do meu corpo, dos meus pulmões, olhos e da minha alma.
Quando olhei para trás o cenário bombardeado estava tão distante que aquele amontoado de ruínas quase nem enxergava, quase nem se via.
Foi quando pisei naquele solo e de forma abrupta e descendente, fui rolando buraco adentro, me ralando, rasgando, surrando mais ainda a única vestimenta que ainda estava em meu corpo um fardamento camuflado digno de selva, meu AK-47 na queda ficou para trás carregado com carregador de 30 projéteis, embora tenha batido forte a cabeça algumas vezes, não desmaiei, por sorte cheguei lá em baixo com a minha faca de caça e minha Glock 9mm 20 tiros por segundo, 3 granadas, lanterna,
bússola e cabos da vida mais conhecidos como corda!
Levantei, espanei o pó da farda (desnecessariamente) olhei para os lados e percebi pelas paredes, reforço do lugar, isolamento, que estava dentro de um "Bunker", só faltava saber se era do nosso exército ou do exército inimigo.
Não tinha uma viva alma, ainda bem! Mesmo assim a minha apreensão não diminuía e nem baixava a guarda, era a minha vida que estava em jogo naquele momento! A adrenalina estava a milhão!
Marquei a saída e fui cuidadosamente fazer um reconhecimento do local, ali, tinha água, alimentos, armamentos, estoque de munições e reservas de insumos, medicamentos, tudo para abrigar e proteger muitas vidas.
Quando entrei num salão com ar condicionado, uma mesa de reuniões com grandes cadeiras ao olhar na parede estava um quadro do Presidente do país e um dos Generais do exército (fiquei tranquila) pude respirar com mais segurança. Mas até hoje não entendi o porquê aquele Bunker foi abandonado pelo exército.
Eu Comandante Ziva Odarp a heroína, conforme sou chamada, mesmo ferida, cheia de hematomas, saí do Bunker revestida de coragem e voltei em direção à (cidade) para resgatar as crianças, os idosos, os deficientes e organizar os guerreiros para a proteção do grupo e voltar rapidamente para o Bunker e alí ficarem protegidos por tempo indeterminado até a chegada de reforços.
Com muito sacrifício, o grupo com mais de duzentas pessoas depois de quase quatro horas com sede e famintos já estavam todos no interior do Bunker sãos e salvos.
Obviamente como em todo lugar, existem profissionais de variados segmentos, a comandante Ziva Odarp perguntou se tinha alguém que sabia cozinhar ou ao menos fazer uma refeição rápida, dois soldados levantaram as mãos e se dispuseram à servir o grupo.
A comandante Ziva Odarp os conduziram até o aprovisionamento onde tinha refrigeração, geladeira e alimentos perecíveis e não perecíveis estocados para quase um ano.
Com dois bons cozinheiros, primeiro trataram da sede da turma, serviram água de forma ordenha para todos, na guerra primeiro são as crianças, depois os deficientes, depois os idosos e por último as pessoas acima dos 18 anos.
Os que tinham o conhecimento ou uma pequena noção de enfermagem cuidaram dos feridos, ali naquele espaço a única ferida que não dava para tratar de imediato eram as feridas psicológicas. Que estava generalizada em todos, até nos mais supostos fortes.
Os músculos de um guerreiro é forte mas o coração às vezes baqueia.
Mas voltemos à refeição!
Quando a comandante Ziva Odarp foi na cozinha tinha uma série de legumes descascados, picados prontos para o cozimento. O que cabia naquele momento era uma nutritiva sopa que em campanha é chamada de "ração quente" e este foi o prato que foi servido naquele Bunker até o dia do resgate pelas Forças Especiais Aliadas (forças auxiliares)!
Lá na cozinha que recebe o nome de rancho.
Um pouco antes de ser servido a refeição, uma senhora chamou a comandante Ziva Odarp, com lágrimas nos olhos agradeceu e se desculpou pelos incidentes dos ataques pois, ela era uma Palestina mas totalmente da paz w com parentes israelenses, de coração bondoso e libertador.
Antes porém o Soldado combatente e cozinheiro Ziul Avlis e a soldado Camille Haspha, para dar uma espairecida no sofrimento de todos começou a conversar contando de forma lúdica e interessante a história da sopa que na verdade é a ração quente.
E foi entretendo a todos embora o momento era tenso mas onde tem crianças, tem que ter brincadeiras, pois o sofrimento principalmente deles é incalculável e às irreversível.
Assim o Soldado Ziul Avlis perguntou quem gostava de sopa, a molecada naquele coro uníssono gritaram "Euuuuu", então vou contar uma pequena história sobre esta comida, ok? Então vamos lá!
E foi falando em demasia….
A sopa é o prato mais popular do planeta, talvez o mais completo restaurador orgânico dependendo dos ingredientes agregados que são de livre escolha, gosto mas em alguns casos é necessário uma mínima combinação.
Todos sabem que a sopa é um alimento líquido, às vezes pastoso, simples ou rústico ou robusto que existe desde a descoberta do fogo na idade da pedra (homo erectus, o ancestral direto do homem moderno, aconteceu no período neolítico) que possibilita muitas variantes com carnes, hortaliças, legumes, pães, farinhas etc.
A sopa surgiu quando os primitivos se deram conta as carnes duras que eles caçavam amaciava e ficavam saborosas quando eram cozidas com água e ervas, assim eles beberam daquele caldo e se agradaram dele, a partir daí sopa incorporou na sociedade para nunca mais sair.
Vocês sabiam disso?
Nãooooo!
Vou passar alguns tipos mas hoje nós vamos comer uma mais simples e rápida porque estamos todos famintos inclusive eu, ok?
Vamos lá!
1. De feijão branco com calabresa moída e Bacon fritos em cubos e ravioli 4 queijos (num formato mais ralo) e queijo parmesão ralado.
2. De abóbora Japonesa, cenoura, batata, (liquidificados) alho e cebola e cubinhos de provolone, alho laminado para finalizar.
3. De acém com tomate italiano, vagem, erva doce, batata baroa e Talharim com um toque do molho madeira.
4. A de Creme de cebola com palmito, cubos de queijo branco mais o macarrão fusilli e parmesão para pulverizar.
5. E a traditional de legumes, com músculo, Champion, brócolis, couve quase lembrando um caldo verde.
Depois de 30 minutos de conversa até que a sopa ficasse pronta o Ziul Avlis conseguiu passar a sua mensagem!
A Comandante Ziva Odarp além de comandar o grupamento masculino, comandou um feminino também!
Com a reação dos países árabes circundantes, que eram contrários à criação do Estado de Israel, teve início a Guerra dos Seis Dias em 1967. Em apenas seis dias os israelenses tomaram a Faixa de Gaza e a Península do Sinai do Egito, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental da Jordânia e a Cisjordânia.
Após cumprir sua missão nas Forças Armadas de Israel, a Comandante Ziva Odarp parte para uma nova jornada. Com mais de 5 décadas de guerra é difícil de acreditar mas ainda mais gerações vão perder suas vidas em campo de batalha do egocentrismo do Estado maior.
Hoje Ziva Odarp vive no Brasil com o que restou da sua família.
Quem olha a ex Comandante Ziva Odarp do exército israelense nem imagina que por trás da sua impecável beleza existe uma grande guerreira, uma mulher de fibra, coragem e devota à sua pátria.
Assim ficou Ziva Odarp no Brasil!
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