Livro:
História de ficção:
A Casa Preta
The Black House
Personagens: a Da família Quintino (Os negros mais bem queridos do Bairro)
Sr Lupércio Quintino (dono da casa)
Sra Cecilia Maura Quintino (esposa do Sr Lupércio)
Cachorro Vhirapitt (Pitbull da família)
George Quintino (filho mais velho)
Giuliano Quintino (filho intermediário)
Guilhermina Quintino (filha caçula)
Prefácio
A Casa Preta ou The Black House, é uma mistura da ficção com a realidade que conta a história de uma família de negros bem sucedida, abastada, com educação de primeira e claro invejada.
Mas para ter chegado num patamar dessa dimensão o patriarcado lá do início da época desde a escravatura tomaram chicotadas até não quererem mais, foram conquistando seus espaços com sabedoria aproveitando as fases abolicionistas das épocas e ocupando paulatinamente os espaços nobres na sociedade com essa herança deixado pelos avós e bisavós. Pois na vida real para qualquer negro até o momento, tudo é sacrifício, muita luta e força de vontade se não for dessa forma a sociedade opressiva os engolem como era no passado.
A Família Quintino era composta pelos Sr Lupércio Quintino o pai, Dona Cecília Maura Quintino a mãe, George Quintino filho mais velho, Giuliano Quintino filho intermediário, a caçula Guilhermina Quintino mais o Vhirapitt o dog da casa.
A história transcorre no município de San Paolo nos anos 2000, a família Quintino depois de passar despropositadamente por um período escolar de todos os membros da família, sua esposa Cecília Quintino ao regressar da França para o Brasil formada pela Universidade Cordon Black, após ter adquirido e vivido uma grande experiência com a gastronomia, resolve abrir um “Bistrô” (Restaurante de pequeno porte onde só trabalha entre família) que recebeu o nome de Espaço Cecília Quintino que na verdade acabou virando uma casa de cultura e eventos.
Ali no Espaço Cecília Quintino todo último sábado de cada mês sempre tinha a apresentação de um artista ou evento tanto na literatura, na dança como na música.
Até que em um desses finais de ano uma tragédia acabou com a família numa rodovia serrana a caminho das férias. Neste trágico acidente só o Sr Lupércio não faleceu porque não estava com a família, ele de costume encontrava com a família dias depois de deixar o estabelecimento em ordem.
Este acidente chocou o país causou uma grande comoção e em muitas pessoas pelo mundo pois, os Quintinos eram mundialmente conhecidos e queridos o qual gerou uma grande consternação pelo status de celebridade que aquela família de tinha conquistado com muito trabalho e numa exemplar demonstração de perseverança e força de vontade.
Após os trâmites legais para o sepultamento da família, o ato após o translado é realizado em sua cidade de origem San Paolo, onde fora realizado os preparativos e o primeiro e o último velório coletivo.
Meses após curtindo a tristeza, a solidão e o Luto, Sr Lupércio Quintino resolve pintar a sua casa na cor preta que ficou novamente famosa e conhecida no bairro como A Casa Preta ou The Black House!
O autor
A família Quintino, uma família de negros, bem estruturada, mediana e educada, é daquele tipo convencional onde os filhos são os chamados "raiz", no estilo benção pai, benção mãe, bênção bisa, bênção tios, avó, avô, foi um tempo em que beijar a mão dos patriarcas não era facultativo, era obrigatório, porque as bênçãos dos mais velhos eram consideradas sagradas, seguido de todas as formas de tratamento como, por favor, por gentileza, muito obrigado, me perdoa, me desculpe, com a sua licença, tudo isso era sinônimo de educação, finesse, etiqueta, caráter, disciplina e respeito.
Este modelo de educação dos Quintinos, era passado de pai para filho basicamente no mesmo padrão e qualquer deslize estava lá um antigão da hierarquia familiar para nos lembrar dos ensinamentos educacionais lá de trás. Posso sem nenhuma dúvida dizer que a Família Quintino era uma família polida e de muito respeito.
Era uns pretos acima da média, cultos, polidos e com muito esforço se tornaram abastados, quando falamos em esforço de um negro que ascendeu socialmente pode multiplicar por 1000, porque para um negro não é nada fácil, tudo acontece às base de muito esforço e chicotadas (no bom e real dos sentidos) a própria história da humanidade nos mostra isso, inclusive nos dias de hoje.
Com residência fixada em San Paolo, zona sul, no bairro nobre conhecido como Bairro Salute, a casa da família Quintino era razoavelmente grande, vistosa, de bela arquitetura, era uma residência térrea, com quatro quartos e uma suíte, uma grande sala onde ficava também a cozinha gourmet e uma pequena varanda que acomodava 2 cadeiras de balanço, uma rede, mais um belíssimo quintal com grama japonesa e um bom espaço para eventos da família e para o Vhirapitt (dog da casa) brincar.
Na verdade a Família Quintino inteligentemente construiu um pequeno ranchinho na zona urbana com churrasqueira, piscina e uma pequena sauna.
O Sr Quintino não tinha do que reclamar, só agradecer a Deus pela saúde, pela família, por tudo que tinha conquistado até aquele momento, de fato uma família abençoada.
Assim a família Quintino viveu por mais de 5 décadas de muita alegria, paz, amizade, não tinha um vizinho que não gostasse deles naquele espaço e até nos bairros vizinhos.
Sr Lupércio Quintino tinha formação em arquitetura, urbanismo e direito, fez mestrado e doutorado pela universidade Conde Karlos de Madhureira.
Trabalhou e participou de importantes projetos pela cidade de San Paolo, pelo Brasil e empresas internacionais, um dos grandes projetos e o mais conhecido é a vila de casas das flores que recebeu o nome de "Residencial Casa da Primavera", era um grande condomínio em que a inovação, em construção paisagista era novidade, onde as paredes de alvenaria eram completamente revestidas de flores e gramas onde a irrigação não depreciava e nem danificava a estrutura da edificação, o telhado foi trabalhado para fornecer luz natural através do sistema solar e por geradores sem o uso de combustível líquido.
Enfim, o sr Lupércio era um homem realizado profissionalmente, mega feliz com a sua prole e seguiu a vida de forma suave.
A Sra Cecilia Maura Quintino era formada em Gastronomia Molecular com pós graduação em Alimentação Orgânica pela universidade Francesa Lê Cordon Black.
A Sra Quintino ampliou o seu roll de conhecimento estagiando em diversos restaurantes e bistrôs pelo Norte da França em Lyon, Lille, Roubaix, Villenueve-d'Ascq, e na região histórica próximo à Torre Eiffel próximo ao arco do Triunfo onde o histórico da guerra passou em grande estilo sob o comando do famoso Napoleão Bonaparte.
Foi uma experiência ímpar para dona Cecília Quintino e sem dúvida o seu passaporte para o sucesso devido à experiência internacional que enriqueceu mais o seu roll de conhecimento.
Dona Cecília Maura Quintino, depois de concluir seu curso e estágios quando regressou ao Brasil, realizou um sonho antigo, um projeto em família, o de montar um "autêntico bistrô" (restaurante de pequeno porte onde só trabalha membros da família e agregados), como todos os membros da família tinham suas responsabilidades profissionais e escolares, o bistrô só funcionava nos finais de semana, com eventos aleatórios, de literatura, gastronomia orgânica e molecular, shows musicais e recitais de trovas, prosas e poemas.
Tudo previamente anunciado com as vendas de ingressos a preços simbólicos pois, o espaço era limitado e a demanda era grande, porque o evento cultural era de ótima qualidade, a juventude da vila comparecia em peso, intelectuais, professores, estudantes, universitários, poetas, escritores, cantores e músicos.
Dona Cecília Quintino se sentia realizada com o seu feito em reunir tanta gente heterogênea num espaço que basicamente agregou muita cultura de forma variada e interativa.
Lanches e refeições também tinha variedade, eram vendidos a preço acessíveis, bebidas alcoólicas não era permitido e todos respeitavam as normas da Casa, o top era que sempre lotava, sempre tinha eventos surpresas, MPB, rock in Roll, escritores famosos e amadores, palestrantes.
O Espaço Cecília Quintino ficou em atividade por muitos e muitos anos, incorporou fama, ficando conhecido pelo 4 cantos do Brasil.
Teve um momento em que era preciso fazer agendamentos dos visitantes, vinha gente do Sul, do Norte, Nordeste, interior de San Paolo, Rio de Janeiro inclusive dos países sul americanos como Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Paraguai, da América do Norte EUA, da Europa, Equador, Japão, Inglaterra, Portugal, Espanha, Rússia, Turquia, era uma mega balada saudável.
O Espaço Cecília Quintino aos poucos superou as expectativas e alçou um vôo que a família Quintino nem imaginava, que repercutiu com tanta veemência que as emissoras de rádio e televisão passaram a assediá-los pelo pomposo glamour, não havia um cidadão que não despertasse um mínimo de curiosidade em querer conhecer pelo menos uma única vez o Espaço Cecilia Quintino, a Família Quintino estava em todos os jornais e revistas, virou um orgulho do bairro, nacional além da referência de lazer em família.
***
George Quintino, o filho mais velho, foi um aluno aplicado, ao completar os seus 18 anos após terminar o ensino fundamental na Escola Garden Salute que concluiu com êxito e louvor todas as etapas, passou no disputadíssimo vestibular para o curso de engenharia civil pela universidade Pierre Di Silva’s se classificando nas primeiras colocações onde estudou com afinco concluindo o bacharelado em engenharia civil, fez sua pós graduação na mesma Universidade se especializando em estruturas e obras sob rios especificamente pontes e viadutos.
Foi o George Quintino que projetou o big Espaço Cecília Quintino, não chegou a ser uma obra faraônica mas fez um trabalho de primeira linha, perfeito e digno, coordenou e executou as obras tintin por tintin sob a fiscalização da sua mãe a dona Cecília Quintino e o seu pai Lupércio Quintino, de tão perfeito que estava a edificação eles nem precisaram dar muitos pitacos, só alguns ajustes e sugestões.
George sem nenhuma dúvida projetou um espaço sublime e aconchegante, arejado, boa acústica, um mini palco, uma bela, aconchegante e charmosa cozinha, a famosa "gourmet", ele soube dividir tudo num mesmo local, onde as mesas para acomodar a clientela que eram chamadas de visitas se misturavam com o palco, a platéia tudo junto, a cozinha era separada apenas por um balcão de alvenaria, a gastronomia também fazia parte dos espetáculos e todos assistiam de perto, as confecções dos quitutes e as cocções que seriam servidos, aquele cheiro dos temperos e dos pães navegavam de forma ascendente, percorriam e preenchiam todos os espaços que não saem da memória e só por este detalhe o Espaço Cecília Quintino vivia lotado, os Quintinos riam à toa era sucesso demais de forma despretensiosa.
Foi um brilhante trabalho do George Quintino! Fez tanto sucesso que a Família Quintino já estava pensando futuramente em aumentar o espaço, construindo para cima, o Espaço para Danças e apresentações teatrais e gerais.
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Giuliano Quintino o filho intermediário da família, moleque prodígio, termina com êxito o ensino fundamental na mesma escola que o George Quintino estudou, optou pela disciplina do Direito depois de 5 anos de dedicação e muito estudo, ele se tornou um bacharel das Ciências Jurídicas pela universidade de San Phrancisco se especializando em Direitos Estruturais Cibernéticos. Giuliano Quintino fez sua pós pela universidade de San Paolo se tornando depois de mais 4 anos, mestre e doutor, selando assim mais um orgulho.
Mas como tudo foi realizado em família Giuliano Quintino se encarregou e tomou para si a responsabilidade de tratar dos assuntos Legais da empresa da família, quesitos como o alvará de funcionamento, o ABNT, o inventário dos Quintinos, assuntos formais junto à prefeitura e o governo do estado, pagamento de taxas, emolumentos inclusive a vistoria técnica do Corpo de Bombeiros, vistoria sanitária.
Pelo comportamento responsável e metódico do sr Lupércio Quintino não podia ser diferente toda essa correria de bastidores em termos legais, arrumar problemas com a justiça, fiscalização era o que a família menos queria.
E a caçula Guilhermina Quintino a xodó e a mais paparicada da família, seguindo a linhagem dos irmãos mais velhos cursou com louvor o ensino fundamental na Escola Garden Salute, prestou vestibular pelo processo convencional e com o mesmo êxito dos irmãos concluiu o curso de Design de Moda pela universidade de Artes Mariah Spaldyn e assim caminhou a família Quintino, com suor, disciplina, responsabilidade, respeito e muito caráter.
Guilhermina Quintino era muito esforçada e dedicada, além de ajudar a sua mãe nos afazeres de casa e gastronômicos ela era uma grande parceira da mãe, uma excelente filha e uma espécie de personal house, para cada evento ela estudava e criava um "motivo" para a casa, para cada evento, sendo as capas para as cadeiras, cortinas, vestuários e uniformização dos anfitriões e colaboradores, tudo no mais impecável capricho e claro que sempre lhes rendiam elogios, olhares de admiração e a cada evento era sempre como se fosse uma estreita.
Sem nenhuma pretensiosidade de sucesso e glamour, a família Quintino como diz o ditado, saiu do anonimato. Uma coisa puxa a outra e aqueles detalhes de base, fundamentos lá do início que sintetizam a moral e o caráter fez a diferença.
E tudo isso foi um dos fatores que redeu muita fama ao Espaço Cecília Quintino, o requinte, o calor humano, a alegria e a forma de e o tratamento eram de fato o diferencial dos anfitriões, a família Quintino definitivamente saiu do anonimato, adquirindo status divulgando cultura, entretenimento e o prazer servir, receber a todos como se fosse uma grande família. E assim foi!
O dia do primeiro evento!
Cada evento tinha o tempo médio previsto para 120 minutos no máximo 180 ou seja 3 horas, a platéia de tão empolgada ficavam tietando com os artistas, escritores tirando selfies, pedindo autógrafos, conversas numa imensuralidade fora do normal. Ali quase a totalidade não demonstrava nenhuma pressa para irem embora.
A inauguração foi num belo sábado, no dia 12 de agosto de 2000 naquele dia, era a estreia também da cozinha gourmet da dona Cecília Quintino que estava completamente radiante, a cozinha estava um brinco só para o seu primeiro evento!
Aos poucos os convidados foram chegando tomando os seus lugares, todos se cumprimentando mutuamente, água e suco eram servidos à vontade.
Até que chegou o convidado do dia o grande escritor e poeta Luíz D'Black que recitaria algumas de suas obras, poemas, umas prosas, reflexões e uma breve preleção sobre o momento.
Lá na cozinha gourmet assistida pela platéia dona Cecília Quintino auxiliada por sua filha Guilhermina Quintino preparava uma deliciosa receita de um bolo de cenoura tradicional e uma bela massa de Esfiha, uma receita especial da família.
Ao mesmo tempo Luíz D'Black com um caloroso aplauso começou, a apresentar suas qualidades e pensamentos mandando a seguinte palavra: A Resiliência e a Fênix!
E o texto próprio o "Placas Tectônicas", explicando que o próprio texto era uma resposta de tudo que vem acontecendo no mundo através dos séculos. Que o homem é o senhor das suas atitudes e fica à mercê sem escapar da lei da “Causa e efeito”!
O Grande Escritor e Poeta Luíz D'Black
Pensamentos do Poeta:
Os donos da vida são os anos vividos,
bem ou mal, temos que passar por eles,
sentindo seu peso e sua ação, vendo a cara
deles entrando e saindo, cientes da incapacidade de mudarmos o nosso norte nos cabe desfrutar da maturidade que só o tempo dá, embora não seja sinônimo de sabedoria e de equilíbrio, ao menos mantiveram nossas “janelas abertas”, nos oferecendo oportunidades de sermos capazes de realizar um bom juízo para o melhor arbítrio.
A consciência negra nenhum de nós podemos perder e não tem como, somos negros, independente de qualquer movimento temos em nossa essência o constante sentimento de liberdade desde sempre. Esse é o caminho que por sinal muito árduo, haja visto o conformismo de muitos irmãos.
Balela negros do mundo os que julgam nosso sentimento como mimimi, qualquer retardado analfabeto sabe que o racismo é igual a raiz de uma seringueira tão maligna e depreciativa, existe em grande estilo e escala de forma destruidora. Tudo depende de cada um de nós. Mas esse fim é uma utopia patológica que vai ficar sem medicação por muitos anos!
Placas Tectônicas! (A Flor da Humanidade)
Não está fácil pra ninguém
Está tudo muito estranho
Tristonho e medonho
O mundo está se revirando
Remexendo, se movendo.
Por onde os rastros da crueldade
Produzidos pelos homens passaram,
As lacunas dos mistérios
Dividem a protagonização
Com as placas tectônicas, furacões, terremotos etc
A humanidade esquece dos males,
Das passagens, dos pavores, dos horrores
Famílias queimadas vivas, degoladas
Enforcamentos, maldades de todas as formas
Por uma diferença que existe até hoje.
Até o momento, “da ignorância”,
Da supremacia que alimenta o ego
Dos malfeitos contra a semelhança
Dos sofrimentos gerados em outrora
Das angústias que ainda habitam
No peito e nas mentes
Pelas lágrimas que desceram face abaixo
Feito cachoeira, numa dor indescritível
De vidas, povos, nações.
A cobrança é inevitável e irrefutável
Os herdeiros que desfrutem (infelizmente)
Porque, aos olhos do pai
Nada passa despercebido
E a mão Divina
É implacavelmente pesada.
A retroação se faz pelos mistérios da vida
Remete e acomete em parábolas
Pelas guerras, ataques, tremores, Terremotos, tsunamis e ciclones
Que fizeram história
Representados por inúmeros personagens tais...
Katarina, Andrew, Alex, Wilma,
Matthew, Hermine, Patrícia,
Sandy, Irene, Camile, Isabel, Emily, Ivan, Nicole, Bill, Dennis, Rita, Mitch, Ike.
Na atualidade os… Earl, Igor, Fiona, Irmã, Kátia
José, Harley e o Lídia ( no México )
Demonstram o quão é frágil, O Ser humano
Perante a força involuntária da natureza …
Os caminhos incógnitos
Invisíveis deixam no ar
No pensamento, no espírito e na crença
O que a descendência representa,
As placas tectônicas
Fazem sua parte de forma sutil
Se ajustando para ajustar a humanidade…
Por onde a guerra passou
A desumanidade acompanhou
E a crueldade imperou!
Na inocência indefesa
E na flor da humanidade…
Sempre é o momento para recomeçar!
(Luíz D’Black) ✔
__ Pois é gente! Deu para sentir a importância das boas práticas e atitudes?
Observaram que onde existe guerras, conflitos, tragédias, foi justamente nos lugares onde a humanidade sofreu demais.
Por somos como uma Fênix, somos resilientes, nada é capaz de barrar a nossa força, quando queremos ou permitimos.
E estamos sempre nos reinventando, sempre nos revigorando buscando a tranquilidade desvencilhando dos obstáculos, dos inimigos famigerados, sem ética e sem qualquer compaixão do próximo onde um irmão possui o valor zero, infelizmente gente assim não serve para o convívio. Um grande abraço a todos.
(Aplausos 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽muitos aplausos)
Luiz D'Black nesta primeira apresentação foi aplaudido de pé.
Enquanto isso na cozinha gourmet o cheiro estava avassalador, irresistivelmente divino e todos presentes assistindo aquele show da arte de cozinhar.
Antes porém, igual aqueles restaurantes e bistrôs chics, logo na entrada tinha um quadro negro com as descrições do “Menu” e sua respectiva receita. Naquele dia a receita era a da famosa esfiha e do bolo de cenoura da Dona Cecília Quintino.
Esfiha de Carne
Massa
. 60 gr de fermento biológico ou 4 tablet és
. 03 colheres de sopa de açúcar
. 01 colher de sobremesa de sal
. 01 xícara de chá de água morna ou leite
. 03 colheres de sopa de margarina
. +/- 500 gr de farinha de trigo
Modo
Numa vasilha coloque o fermento, o açúcar e o sal, misture até ficar um líquido homogêneo, em seguida coloque a margarina e na sequência a água morna, misture mais uma vez até que fique tudo líquido, por vá colocando aos poucos a farinha e de preferência ir misturando com as mãos, vá acrescentando até que fique uma massa elástica, macia e fofa, neste ponto ela já não gruda mais nas mãos, dê uma sovada cubra com um pano limpo ou plástico e deixe descansar por 40 minutos ou dobrar de volume.
Recheio
. 01 kg de carne moída pode ser patinho, acém ou coxão mole
. 02 cebolas bem picadas
. 01 dente de alho picado
. Pimenta síria a vontade
. Sal a vontade
. Meio copo de azeite
* se preferir coloque um knorr em pó (carne, picanha ou costela)
. Se preferir também use cheiro verde
_ misture muito bem tudo deixe 10 minutos curtindo o tempero,
_ o macete! Após o descanso da carne, coloque a numa peneira para que saia todo líquido e assim quando estiver no forno, a massa não descola ou abre.
. 01 ovo para pincelar, use só a gema!
Deixe assar em forno pré aquecido por 35 ou 40 minutos.
O Bolo de Cenoura
MASSA:
1/2 xícara (chá) de óleo
3 cenouras médias raladas
4 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
2 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
COBERTURA:
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de leite
MODO DE PREPARO
MASSA:
Em um liquidificador, adicione a cenoura, os ovos e o óleo, depois misture.
Acrescente o açúcar e bata novamente por 5 minutos.
Em uma tigela ou na batedeira, adicione a farinha de trigo e depois misture novamente.
Acrescente o fermento e misture lentamente com uma colher.
Asse em um forno preaquecido a 180° C por aproximadamente 40 minutos.
COBERTURA:
Despeje em uma tigela a manteiga, o chocolate em pó, o açúcar e o leite, depois misture.
Leve a mistura ao fogo e continue misturando até obter uma consistência cremosa, depois despeje a calda por cima do bolo.
Ainda no palco o Escritor e Poeta Luíz D'Black, parte para a sua segunda prosa, Os Mensageiros da Paz, o público todo em silêncio, estavam atentos às suas palavras afáveis pois as preleções daquele poeta eram verdadeiras mensagens de Deus.
__ Toda paz que ecoa
No infinito de uma essência
É mera ciência
Que urge paciência e amor
Incolor, indolor simplesmente amor
Toda paz a dois ou mais
Não manda, emana a razão
Que é a ração humana
O combustível do coração.
A paz é importante na unção, no selo e no zelo das amizades no seio da sociedade e no convívio familiar.
Acredito que Deus nos ensina a dividir suas palavras como ele dividiu com o mundo.
Dentro dessa reflexão quem não vem tentando reatar um desentendimento com um filho, com um irmão, com um pai e mãe, com o esposo, sobrinhos, e as barreiras da ignorância não deixa, e aumenta mais a distância, o ódio, nisso, é melhor que o tempo e a sensatez se encarregam de cuidar e nós nos mantemos com a cabeça aberta para recepcionar estes cegos quando o ignorância acabar ou cessar.
__ Alguém já ouviu falar nos mensageiros da paz? Pois é!
___ Os mensageiros da paz, são pessoas normais, sagradas ou religiosas e todos que cumprem os mandamentos Divino.
Porque, como vemos, a guerra não trás felicidades pra ninguém, não leva a nada e só gera tristeza. São as crianças, os idosos e os jovens os mais indefesos, se não morrem na linha de fogo, morrem em alto mar, assassinados ou pela fome, no geral, pela perversidade humana.
É um tema que muito me aborrece mas é presente, todos os dias tem alguém em algum lugar do mundo sofrendo com a guerra tanto a bélica como a mesquinha.
Como também existe muitos que buscam e promovem a paz de forma passiva e natural.
Mensageiros da Paz
A grandeza dos seres humanos
Muitas vezes,
Os fazem divagar pelas alamedas dos seus pensamentos
Perdidos em seus mundos
Quase todos mudos, alguns
Desfazem de tudo
De todos, inclusive da essência
Há seres humanos que são imensuravelmente grandes
Na essência, na alma e no espírito
Que reflete no coração
Há pessoas com brilho no olhar
Repletas de luz,
Mas é dúbio
Simplesmente dúbio
E exatamente dúbio
A clareza dos bons,
E tudo que é fútil
Que vivam em paz
Em suas sanidades
As santidades, transmutações
E os sem capacidades
De todas idades
Os Mensageiros da Paz,
A grandeza dos seres humanos
Cessa o distúrbio
E semeia a paz
Por essa estrada
Que muito nos honra,
Jesus Cristo, Meishu Sama, Buda,
Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá ,
Dalai-lama, Santo Agostinho, Martin Luther King
Mahatma Gandhi, Malcolm X,
Papa Francisco, Marechal Rondon
Desmond Tutu, Mikhail Gorbachev,
Steve Biko, John Lennon, Padre José Kentucky
Dom Helder Câmara , Francisco de Assis & cia,
São gigantes por suas obras
E muito nobres por suas humildes
A grandeza desses homens
São os exemplos de paz e de luz,
Em algum momento de suas vidas
Deixaram essa semente
Somente para um punhado de milhões
De seres nominados de irmãos
Porque a grandeza de um homem
É o próprio Deus
Que habita em cada um
Refletidos nas atitudes
No amor e na compreensão
Porque a verdadeira ciência
Ainda é a consciência ….
(Luíz D'Black)
Mais uma vez o poeta Luíz D'Black foi aplaudido de pé, era de fato uma energia ótima, num espaço ótimo e com pessoas ótimas.
Sempre entretendo o público, o poeta entra na atmosfera do amor e começa a falar de amor, faz perguntas para o público, brincadeiras, faz todos se abraçarem como sinal que tudo que havia dito era de fato o amor.
O poeta pausou alguns segundos e falou a seguinte frase:
__ Meus queridos amigos, o amor para mim é simplesmente isso!
Mesmo não querendo enxergar temos que encarar a situação com firmeza:
Foco na missão!
Quem escreve a história não somos nós, são os momentos vividos entre todos os corações…
Pois, o segredo que não é segredo é cultivar a paz, se abdicar do supérfluo que enriquece a vaidade, alimenta o ego que cega um coração.
Coração doente, é paz abalada, caminhada insegura, obstáculos à frente, porquê né?
Se o melhor caminho é a simplicidade na singeleza em cada Ato!
A paixão também é um intenso sentimento que vai se apagando como a chama numa folha de papel.
O amor verdadeiro chega pra ficar, é exatamente isso, até que a morte os separem!
Amores…
Amores, amores e amores
Puro e simplesmente,
O amor não tem pátria,
Se misturam em cores
Se perpetuam entre si,
Em grupo, em família,
Pelo coração, pelo sentimento,
Tudo que é bem vindo
Chega pra ficar,
Tudo que é preciso
Há de se que lapidar,
Se não tiver jeito,
Até mais, valeu!
Em princípio meros atores
Os amores, têm seus valores
Muitos, firmes iguais ao cimento
Outros, tão porosos
Que se vão ao sopro dos ventos
Ao toque de caixa,
Amar é um verbo regado a beijos
De várias conjugações
Do presente ao futuro
Pretérito sem inquérito
Perfeito sempre mais que perfeito
Tudo pode acontecer
Derreter, solidificar ou gaseificar
Como o átomo na atmosfera
De muitas feras,
Muitos seres que se encontram,
Se encaixam
E assim são os amores
Eternos atores
Que se abrilhantam,
Felicidades aos que se amam
Por todos os caminhos desta vida…
(Luíz D'Black)
Naquele mesmo espaço, o cheiro dos quitutes que vinha da cozinha gourmet da dona Cecília Quintino, judiava impiedosamente do público.
Tudo era interessante as apresentações
artísticas, a recepção e forma de tratamento da Família Quintino e aquela linda cozinha que dividia os espetáculos com todos os artistas que eram convidados.
A dona Cecília Quintino mandava muitíssimo bem na cozinha era unânime ouvir a grande maioria dizer que foi um dinheiro bem aplicado.
Quando faltava poucos minutos para terminar a dona Cecília Quintino e sua filha Guilhermina iam preparando e dando uma leve aquecida nos alimentos no geral sempre rolava uns dois ou três tipos de saladas mais o prato principal o qual ela sempre fornecia a receita.
Ali no Espaço Cecília Quintino já se apresentaram cantores do calibre de Milton Nascimento, Ivan Lins, Fundo de Quintal, Beto Guedes, atores e atrizes, o Guga, Maria Rita, Pedro Mariano, enfim, a casa não ficava sempre lotada por acaso….
E quando já estava passando da metade do ano, os sinais de cansaço dava os ares da graça, mas a agenda tinha que ser cumprida, o ano letivo ia até a primeira quinzena de dezembro e depois o descanso merecido.
Luíz D'Black ainda tinha mais vinte minutos para mais uma apresentação, usando a mesma técnica ele pergunta novamente às pessoas presente agora na bucha:
__ O quê significa a morte para você? E para você? Você? Você?
Bom eu o Poeta Luíz D'Black penso da seguinte forma, quando chega a hora de um cidadão partir não interessa se ele é brasileiro, italiano, africano, alemão, quando chegou o seu dia alguma coisa vai acontecer para justificar a sua partida. E uma coisa é certa, desta terra não se leva nada de material, nem aquele bem que muitos brigam e depois fica para os outros, nem a ignorância, o apego que tinhas.
Nesse momento nem você sabe o que vai acontecer, se vai ter dor física ou não, se vais relutar, por fim o último destino é dentro de uma caixa de madeira com os parentes e amigos todos em volta, uns chorando e outros não! Por isso prezo a boa amizade, a paz. Façam o seu melhor em vida, que o seu melhor se transformará numa obra imortal, você sempre será lembrado no mundo dos vivos, pode acreditar!
Tutto, tudo, tutto
Morte, sorte ou corte
Tanto faz,
Tudo tem seu tempo,
Hoje acordei suado zuado
Querendo agredir,
Alguém vai dizer
Pra quê rapaz?
Fique na paz
Somos tudo e não somos nada
Hoje é só músculos
Amanhã só esqueleto
Uns se revelam na tenra idade
Outros aparecem na maturidade
Não importa a idade
Demorou?
E daí?
Chegar em primeiro
Classificar em penúltimo
Último, está feliz?
Agradou seu ego?
Seu prego!
Engenheiro, marceneiro, coveiro ou advogado, folgado
Tutto bene
Tutto tem o sangue vermelho
Alguns insiste em dizer ser azul.
Aceite a caixa, as flores, as coroas
As velas, um pouco de choro
Em gotículas ou musical
Sendo o último, Tanto faz,
Avisou os parentes?
Porque, quando descer os 7
Tão gelado estarás
Meio que engomado
Um pouco amarelado
Pálido, e o que importa
Foi preparado, arranjado, maquiado
Não estava combinado.
Saiba, Entre eu e você
Tu, eles, nós e vós
Até aqui era assim
Daqui pra lá
Tutto mudará
Acabou a riqueza
Findou a pobreza
A terra é para todos
E não precisa senha
Só o tempo certo
Digamos que daqui algum tempo
Vai zerar a tristeza.
Tutto bene Então tá bom
Tutto, tudo, tutto….
(Luíz D'Black)
Palmas, palmas e palmas para o poeta!
(👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽)
Como sempre, todos os últimos sábado de cada mês era dia de eventos isto é, todas as quartas semana era dia de encontro com o público que mais pareciam da família, era um calor humano muito grande e acredito que todos ficavam ansiosos quando estava próximo da data do evento.
Na última semana do ano letivo seria o último evento do ano e para fechar com chave de ouro o Sr Lupércio decidiu com a dona Cecília fazer um prato típico e tradicional do Brasil, para isso tiveram que atipicamente aumentar o número de lugares, fizeram locação de mais mesas e cadeiras, mais pratos, talheres etc, eles queriam fazer um mega evento de fechamento de ano.
Para isso o grande poeta Luíz D'Black que fez sucesso na estreia foi convidado novamente, o ator Negro LouBrowei Silva's e o grande escritor, bombeiro Luíz Carlos (Carlão Cve) fará uma tarde de autógrafos no lançamento do seu livro “A Fantástica Vida de Bombeiro”.
Neste sábado com a programação alterada os eventos começarão mais cedo, tudo na mais impecável organização, era trabalhoso, cansativo mas a família Quintino organizava com gosto, com amor e muita dedicação. Alí ninguém ousava em fazer corpo mole porque não dava tempo para tal e mesmo porque só acontecia uma por mês!
Dois dias antes do último sábado de dezembro de 2004.
O Sr Lupércio em posse da lista do que era para comprar pegou as chaves do seu “utilitário” saiu com destino ao hipermercado, todo radiante.
Após quase 2h50 no hipermercado o Sr Lupércio já tinha praticamente enchido quase 3 carrinhos com os insumos do evento pois, como seria o fechamento tinha que ser bem top.
A feijoada da Dona Cecília a mais comentada na Vila teria um requinte a mais como, torresmo pururuca, bistequinha de porco, couve manteiga, farofa especial e o molhinho de pimenta.
Dona Cecília confeccionava no modo tradicional, depois do dessalgue ela colocava todas as carnes num caldeirão com 5 kg de feijão preto para cozinhar todos juntos, no cozimento o tingimento seria por igual e o perfume das carnes se misturavam mas não podia deixar desmanchar, os pedaços tinham que estar íntegros, a estética e a apresentação do prato tinha que estar um brinco.
Neste dia a caipirinha atipicamente foi liberada, era fechamento muita alegria e irmandade.
O ar da cultura era sensacional naquele quadrilátero de espaço, tudo cheirava amor, carinho, arte e cultura. Como foi dito o Espaço Cecília Quintino ficou conhecido no mundo pelo calor e o amor dos Quintinos pela arte, na agenda daquele fechamento estava no aguardo a chegada de uma caravana de japoneses direito de Tóquio e a feijoada foi de propósito pois a japonesada adora essa iguaria, adoram a música popular brasileira, o samba, a bossa enfim, são todos bem-vindos.
Por volta das 5h40 da matina, depois de cumprirem o ritual pós noite de sono, dona Cecília Quintino com a ajuda do Sr Lupércio colocam a famosa feijoada no fogão à lenha pois seria um processo lento e artesanal, neste mesmo instante com os couros e adivinha panceta de porco picados indicavam que os torresmos estavam a caminho do fogão, na sequência a lavagem asséptica das folhas de couve e aquele cortar cirúrgico bem fino era o espelho da delicadeza e dedicação.
Até aquele momento o cheiro da feijoada já não era mais segredo na vila porque, depois de uns 30 minutos o perfume da feijoada transpôs os muros da residência e ganhou a rua, era uma mistura excêntrica da feijoada, com a fritura dos torresmos, o tempero das bistecas e o bacon frito para uma caprichosa farofa.
A sobremesa foi, laranja peeled and tongue, rodelas de pineapple, são excelentes digestivos principalmente após uma suculenta feijoada. Além do cafézinho, o bate papo e aquela costumeira interação.
Por volta das 11h30 os convidados começaram a chegar e em pouco tempo o Espaço Cecília Quintino estava lotado inclusive a parte estendida do lado de fora.
Todas as três atrações já estavam no local, fazendo selfies, dando autógrafos, conversando e interagindo com o público principalmente o do Japão o qual trouxeram um guia/tradutor.
Em todos os eventos a lousinha com a indicação do Menu, expunha o prato do dia e sua receita e não foi diferente naquela sábado!
Feijoada Completa Tradicional para 120 pessoas!
10 kg de linguiça calabresa
10 kg de linguiça Paio
10 kg de carne seca (charque)
10 kg de lombo suíno salgado
10 kg de costelinha suína salgada
6 kg de pé de porco
5 kg de língua
5 kg de rabo de porco
5 kg de orelha suína..
1 capa de Bacon
2 kg de alho
3 kg de cebola
500 gr de pimenta dedo de moça
29 maços de couve manteiga
5 kg de farinha de mandioca
20 kg de panceta/couro para torresmos
20 kg de bistecas de porco
2 caixas de laranjas
2 caixas de abacaxis
2 garrafões de aguardente
1 caixa de limões
É quantidade suficiente de insumos para confeccionar tranquilamente uma suculenta feijoada para 120 pessoas.
Na véspera dessalgue bem as carnes trocando a água a cada uma hora por no mínimo 8 vezes, faça a seleção do feijão preto e coloque de molho, se tiver tempo já deixe as folhas da couve manteiga limpas, lavadas, podendo adiantar, é um serviço a menos para um dia tão corrido. As frutas de preferência tem que ser descascadas no dia.
Feijoada Completa tradicional
Arroz Branco
Bistequinha de Porco
Farofa Temperada
Molhinho da feijoada
Torresmos e pancetas
Couve Manteiga
Caipirinha de Aguardente/limão
laranja peeled and tongue, rodelas de pineapple
As atrações
Depois daquele almoço aguçar de forma incisiva todos os paladares, todos não viam a hora daquele almoço sair aos poucos o Sr Lupércio foi servindo água, suco e a fantástica caipirinha para abrir o apetite e todos assistiam a desenvoltura da dona Cecília na cozinha e as apresentações dos artistas numa atmosfera artística fantástica.
O Espaço Cecília Quintino estava definitivamente consolidado, os japoneses mesmo sem entender muito ficaram pasmos e os donos da casa retribuíram. No final como manda a cultura Oriental, eles começaram a limpar o recinto varrendo, apanhando papéis pelo chão e colocando tudo no saco de lixo. Essa atitude fez com que todos participantes os acompanhassem e o local ficou maravilhoso. (Isso antes do almoço)
Com todo requinte, amor e gentileza, Dona Cecília avisa que estava tudo pronto, o almoço começou a ser servido por volta das 12h30 com a apresentação da primeira atração do dia o Poeta Luíz D'Black fazendo suas preleções, recitando poesias, declarações de amor e muito papo.
As atrações
O Poeta e Escritor Luíz D'Black
__ Bom dia gente! É uma honra imensurável estar novamente nesta casa, é com muito amor que venho expor o meu trabalho, se ele existe é porque vocês são a razão dessa existência meu muito obrigado e minha gratidão!
Vamos começar falando um pouco dos erros, do errar, e quem nunca esteve errado ou nunca errou nesta vida não é?
E claro, seguido dos erros o cidadão consciente e educado reconhece e imediatamente se desculpa, se retrata e faz parte da vida dos homens, das pessoas de luz, de paz.
__ Você aí de blusa amarela qual o seu nome?
__ Tânia, meu nome é Tânia!
__ Qual a sua visão e opinião sobre o erro?
__ Ah poeta você já falou quase tudo, só endosso tudo que você disse! E acrescento que agindo assim o mundo vai ser sempre um espaço de paz!
__ Muito bem Tânia! Palmas para Tânia 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽!
Erros, errados, errantes!
Se errar é humano
Quem nunca foi desumano nesta estrada?
Nesta estada por essa vida?
Uma infinidade de erros existem, são cometidos
Acometidos de todas as formas!
Depois que inventaram a palavra Desculpa
Errar virou um grande treino
Um texto prático sem teoria
Às vezes, sem melodia...
Uns erram e pedem perdão
Outros falam, foi mal
Os cultos não erram, se enganam
Estão equivocados
Os mais polidos cometem lapsos
Ao invés de se desculpar, se retratam
De fato as pessoas às vezes erram
Umas erram para acertar
Outras erram sem querer
Outras erram querendo
Algumas nem percebeu que errou.
E tem aquelas que erram dolosamente
Que erram absurdamente porque quer
Que erram só para ver o tombo, a queda!
Sem se tocar, a falta de caráter configura um erro
Tem erro que não tem volta
Igual descida de rapel
Um metrinho abaixo, é de lá pra lá
Se o bisturi errar o caminho, “já era”!
Aí não tem mais erro, porque encerrou
É só escolher o enfeite e avisar os parentes,
Como também tem erro que às vezes tem conserto
Amassadinho, martelinho de ouro
Dos Jurídicos, da consciência jurisprudência
O erro é uma ciência
Faz parte da disciplina dos indisciplinados
E dos comportados importados ou exportados,
Astrólogos, ufólogos, alienígenas, indígenas
Abstratos, concretos, utópicos
Até chegar ao surrealismo do erro.
Que está naturalizado entre os homens.
Mas não ignorados pelo todo
Pois mesmo no erro
Sua consciência moral faz o errante
Sem se tocar que está simplesmente errado!
Papo encerrado!
(Luíz D'Black)
Essa é para vocês refletirem, vocês perceberam que a ilicitude está se naturalizando, entre as pessoas, entre os homens, que roubar está se tornando normal, mas não pode.
Hoje em dia vemos que ter um excelente nível cultural, de educação, boa formação, de intelectualidade não impedem os cidadãos de desviarem suas conduta moral. Isto é, não importa o nível de instrução se a pessoa é mal caráter, se a pessoa prejudica a si mesmo e a sociedade com as suas atitudes.
A Ciência da Gatunice! (Reflexão)
O homem é um animal imprevisível
Que ama, se apaixona e sorri
Depois agride, fere e talvez mate
Faz parte da natureza.
Por isso que ele é prisioneiro dele mesmo.
A maior prisão do Ser humano
São as suas vestimentas,
Seus tecidos e seu organismo
Subestimar, desdenhar e a submissão
Não tem nada a ver com o sublime
Que é algo notavelmente nobre e enaltecedor
Seja no gesto, nas palavras, na escrita
Na personalidade externa ou até na alma
Pois a voz ecoa e dissipam as palavras
Como a fumaça que dispersa pelo ar
E se perdem na atmosfera
Sem deixar eco, vestígios e provas,
Parece que a esperteza
Viralizou a inteligência, infectando-a na sua totalidade
A turma, de há muito, vem pegando pesado nisso
Perdendo tempo e dinheiro
Nos bancos das universidades do universo
Estudando para nada (de bom é claro),
E de quebra flagelando o povo
A intelectualidade é um affair
Que não exige do seu portador, nenhum nível discente
Muito menos acadêmico, apenas a decência da honestidade
Pois, só d’Ele depende “o saber e o conhecer”
Seja pelo empirismo, pelo espiritismo
Ou até mesmo pelo modo convencional
E vejo que muitos gatunos
Perderam tempo estudando com afinco
Porque na prática, a ética foi parar no xadrez, condenada,
Pois só querem a todo custo, lesar, ganhar
Tirar lucro e ficar abastado com uma vida bonachona
Se embrenhando cada vez mais no curso do insucesso
E na indecência produzida por esta demência
Desfazendo e descartando tudo que não lhes convém,
Subestimar a simplicidade alheia
E esnobar a humildade, é um grande lapso
Pois dentro da simplicidade
Na maioria, habita a inteligência,
É o caso do matuto, da roça ou da cidade,
De nada vale ser doutor
Se não tens a moral ilibada, a conduta exemplar,
Pois a vida computa e não faculta a ganância
Muito menos o maquiavélico
Que é um grande estudioso a serviço do mal
Que se tornou bacharel, mestre e doutor.
Das ciências da gatunice, pura burrice, idiotice
Porque a vergonha só existe para os que portam.
Como já é sabido, caixão não tem gavetas
A matéria fica na terra
Os bens para a família
E o espírito a negociar no céu!
E nada se leva ...
(Luíz D'Black)
(Palmas 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽) __ Obrigado🙏💕
__ Eu não sou o que sou por acaso tenho minhas origens, tive bons exemplos de educação, comportamento e uma das grandes pessoas que tenho infinita gratidão são meus pais, meus avós em especial o meu avô!
Vou falar um pouco deles com muita honra e orgulho. (A plateia estava completamente atenta e em silêncio em tudo que o poeta falava) E o poeta Luíz D'Black de uma forma tão compenetrada fez uma linda homenagem ao seu avô!
__ Está é para você meu avô!
__ Hoje com muita honra quero apresentar meu avô, de inúmeras histórias, escolhi esta, por ser uma das inesquecíveis.
O que sou hoje, devo ao caráter Ilibado que ele tinha e que fez e faz a diferença até o momento, principalmente no Corpo de Bombeiros onde pude exercer com total liberdade tudo que ele me ensinou tanto com as palavras, como com as suas atitudes.
O Nosso Patriarca que encabeça nossa árvore genealógica junto com a nossa vó Divina, Manoel pedido da Silva (in memories),
Meu avô paterno o qual me espelhei, admirei, admiro, tenho vivo todos seus exemplos, sua conduta, seu caráter e sua índole, ele era meu ídolo, tinha postura, respeito, se comportava como um Lord e exigia isso de mim e dos meus irmãos.
O vô Mané tinha o pavio curto demais, era bravo até umas horas, era compreensível porque era de sua natureza, na época o muro da casa tinha uma altura média, durante uma semana presenciei a bola cair no quintal umas quatro vezes e isso o deixava muito irritado, nessas quatro vezes, uma, a vidraça da sala estilhaçou com o excesso de força no chute, aliados a má pontaria dos craques mirins.
Meu avô antes dos estilhaços devolvia as bolas dava umas broncas e avisava:
__ Olha essa bola molecada se quebrar o vidro, vocês vão ver! E repetia esse dito, várias vezes durante o dia!
E ficava de olho, porque o futebol começava de manhã e ia até o anoitecer com um revezamento de turmas, o pessoal que estudava de manhã, à tarde e os dois grupos juntos a noite, nesse período não participava porque eu estava na faixa dos 4 para 5 os anos e não saía na rua.
Depois que quebraram 3 vidros num só tiro (chute), nunca mais nenhuma bola voltava íntegra. Quando batia na janela e caía no quintal meu avô tinha reservado um punhal de cabo de osso só para o cumprimento de suas promessas.
A garotada nem precisava transformar os vidros em cacos, bastava a bola transpor o muro, perdi a conta das bolas que voltava furada para a decepção da molecada e o fim do futebol. E meu avô tinha uma máxima... Quando a bola caía pra dentro, ele a colocava embaixo do braço esquerdo e com o punhal na mão direita, chegava até o portão, desferia um único golpe que era o suficiente, antes porém, não ficava um jogador para assistir o fim de um pelota e a máxima proferida por ele, em tom alto e claro:
__ O véio Neco falou, tá falado!
O vô Mané era justo, primeiro avisava e depois cumpria o que prometia…...
Dava aquela bufada de praxe, estufava o peito e olhava com a maior cara forasteiro e não perdia a pose pra manter o respeito!
Mas tinha um bom coração. E naquela época existia um detalhe chamado "respeito", se um vizinho fosse fazer qualquer tipo de reclamação, se o filho estivesse errado, os pais pegavam pelas orelhas e os levavam até a presença do ofendido, primeiro se retratava e depois fazia o filho pedir desculpas fora o corretivo que variava entre cintos, chinelos, varas, palmadas etc.
Esse bom comportamento era quase unânime e fazia parte da educação da grande maioria das famílias, o respeito, a ordem e a educação eram sinônimos de paz. Assim cresci como um cidadão de bem
(Palmas 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽)
Após 50 minutos a organização avisa o Luíz D'Black que lhe restavam 15 minutos.
O poeta para o fechamento queria e tinha que mandar algo agregador que falasse de amor, de ternura, coisa que a maioria dos poetas conhecem muito bem! Olhando para a plateia ele pergunta!
__ Quem já amou alguém nesta vida, tem alguém entre vocês que nunca amou ninguém?
Ninguém levantou a mão!
__ Tem alguém entre vocês que nunca beijou ninguém?
Novamente ninguém levantou a mão!
__ Vocês perceberam o quanto o amor é indispensável? O quanto o amor é agregador e indissolúvel?
E tudo sempre começa com um beijo, sim aqueles de língua, geralmente o primeiro é daqueles bem caliente, bem ardente mesmo, aquele em que o casal parece que vai se engolir, tipo para ficar marcado e inesquecível!
O beijo quem inventou?
O Beijo
Kiss, bisou, baci, soen, küssen, bo, besos,
Bico, kus, basium, kisu, tudo isso traduz o Beijo!
De todas as línguas, tribos, povos e continentes,
Parabéns aos inventores deste fenômeno,
“O Beijo”! Que começa, reata, reconcilia, une,
Conserva, mantém, reaviva amores e paixões!
Dizem que todos os beijos são iguais.
Será?
Percebi ao longo dessa estrada
Que os beijos divergem
Na qualidade, na pegada, no sabor, na textura,
Na flagrância, na elegância,
No afago, na temperatura, na maciez,
Tudo é um pretexto para o experimento,
Enfim, os beijos não são iguais!
Tão quanto as pessoas, os seres,
O beijo é um brinde da essência
Que vem como referência
Para ser doado como convier
Na permissão consensual
E nos mais variados modos existentes
Selinho, de língua, bicota, no rosto,
Na testa, no corpo, aqui, alí
Nas mãos, nos pés, nos seios
Sempre no asseio, na recíproca e na transparência da sinceridade,
Pela curiosidade da humanidade
Com o corpo coladinho
No frio ou no calor,
Muitos não passam vontade
Em saber os sabores dos diversos
Pelo olhar, pela química, pelo clima,
Pela beleza, pelos olhos, lábios
Ou talvez, por terem a solidão como companheira
Ou por mera opção pelo Dom em ser um Bon Vivant,
Beijar faz bem ao coração,
À saúde e se foi bom para ambos
Com certeza terá um bis,
A vida é livre
Tão quanto as críticas
Que faz parte dos jurados, dos homens há milênios
Felizes aqueles que deram aquela bicada certeira
E estão juntos até o momento.
De rostinhos e corpinhos coladinhos
Pois nesta disciplina,
Digamos que seja a aula
Mais assexualizada da vida,
Que é a aula de línguas…
Cada beijo é um novo aprendizado!
Mas vamos com calma…
Beijos beijos e beijos
(Luíz D'Black)
(Palmas 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽)
O poeta se retira e sobe no palco o ator Negro LouBrowei Silva's, que foi recebido com uma calorosa salva de palmas, LouBrowei nasceu em New Orleans é o quinto filho de uma família de músicos, seu pai foi um grande trompetista, seus tios KholBrowei baterista e o MikeBrowei saxofonista, ainda na tenra idade LouBrowei assistia gratuitamente as apresentações musicais da família mas em sua veia estava a arte de representar.
Fez muitos filmes, participações, foi coadjuvante em muitos e protagonizou no filme “Com o Lombo virado para Lua”, em 1993 levou a estatueta de melhor ator Negro, LouBrowei sempre sorridente com o seu bigodão estiloso alá Portuga não tirava o seu óculo de Sol para nada, nem durante o dia e nem durante a noite perante o seu público, quando lhe perguntaram o porquê, o tradutor respondeu que ele apesar de estar há muitos anos na estrada se sente muito acanhado, é extremamente tímido embora não pareça e que ama o seu público, que seu público é a sua vida e que adora o Brasil.
E que está muito feliz em estar aqui nesta terra abençoada, que o Brasil é a sua segunda pátria, que seus fãs são de fato muito importantes.
Thanks Brazil, thanks Brazil, obrigado Brasil, obrigado Brasil… (Palmas 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽)
A organização bem atentos no tempo avisa para o bombeiro escritor Luíz Carlo's em cinco minutos começaria sua tarde de autógrafos no lançamento do livro “A Fantástica Vida de Bombeiros”!
O Ator Negro LouBrowei Silva's
Bombeiro e Escritor Luíz Carlo's
Já eram quase 15h30 quando o Bombeiro e Escritor Luíz Carlo's, envolto ao público sentou confortavelmente, apanhou sua caneta preferida presente do seu finado avô, ajeitou os livros sobre a mesa e começou a desferir suas dedicatórias nos primeiros livros. Antes porém o Bombeiro fez um breve discurso de agradecimento aos anfitriões, aos colaboradores do livro, homenageou o Corpo de Bombeiros e assim foi!
__ Boa tarde a todos, sou Bombeiro há mais de 20 anos, com muito orgulho fiz parte da vida de muitas pessoas, pela graça divina e a misericórdia de Deus eu e meus irmãos da corporação fomos importantes na vida de muita gente. Hoje quero aqui deixar o registro de uma vida de vitórias e prazer, nada acontece por acaso, uma folha não se mexe sem a vontade de Deus. Por isso que tenho e carrego esta imensa gratidão. Desde quando nasci até este presente momento. Muito obrigado!
Vamos começar os autógrafos?
Capa do Livro
Página Rosto ou a página dos autógrafos
(Capítulo a frente)
Como ninguém é de ferro o Espaço Cecília Quintino fazia o seu ano letivo normal e a todo vapor, a empresa só entrava em recesso na segunda quinzena de dezembro para o merecido descanso sempre com uma bela viagem previamente agendada, até nisso a organização dos Quintinos era também extremamente exemplar.
Para a Família Quintino, o trabalho, a fama, o glamour rendiam-lhes bons dividendos que possibilitava ótimas oportunidades de conhecer lugares interessantes, inusitados e distantes, virgens nacionais e internacionais, fruto de muito esforço.
O Espaço Cecilia Quintino estava no apogeu do sucesso, era muitos eventos, muitos encontros e muitas chances de intercâmbio, praticamente era passeio garantido para qualquer distância, lugar e local, a reciprocidade para os Quintinos sempre foi questão de honra e todo final de ano na família Quintino fazer uma boa viagem sempre fez parte da programação.
Depois de muitos anos de uma harmoniosa convivência familiar e profissional naquele belo empreendimento cultural, a família Quintino seguiu firme por mais de 20 anos, recebendo e recepcionando gente de todos os lugares do Brasil e do mundo no famoso e espetacular Espaço Cecília Quintino, foram infindáveis e memoráveis eventos que evidentemente está na memória de todos que por lá passaram.
Finalmente no ano de 2005 na segunda semana de dezembro a família Quintino sai em viagem de férias rumo à cidade litorânea de San Huiz Del Fuego, próximo à costa Del Sol.
Seu Lupércio costumeiramente ficava mais uns dias para fechamento, recebimento de insumos e acertos de pagamentos e recebimentos de faturas, deixava tudo em ordem e uns quatro dias depois ia ao encontro dos seus, enquanto isso a família ia na frente e sempre seguia viagem estrada a dentro.
Antes porém o Sr Lupércio cuidadoso como era fazia o check-up completo do seu veículo, se fosse preciso a troca de pneus, faróis, lanternas, piscas, pisca alerta e todos equipamentos de segurança. Só assim ele se sentia seguro para encarar uma longa viagem e fazia o mesmo com o outro veículo da família.
Há mais de 10hs na estrada Dona Cecília Quintino e seus filhos seguiam tranquilos, com total segurança mas aquela pista era inóspita para trafegar ao cair da tarde no km 95 eles presenciaram um veículo fazer uma ultrapassagem perigosa e quase bateu de frente com um ônibus, a pista mal iluminada, escorregadia estava tenso dirigir ali, mas já estavam lá…
De fato era uma estrada perigosa, na região serrana, uma pista estreita, uma mão para ir e outra para voltar, ultrapassagem alí nem pensar, mesmo assim muitos caminhoneiros não respeitavam os perigos e invadiam a outra pista que já tinha sido palco de muitas tragédias, de muitas vidas ceifadas de forma estúpida e abrupta.
Naquele cair da tarde quase noitinha, a família Quintino seguia pela rodovia felizes , cantando, brincando e com uma baita ansiedade para chegar logo no destino combinado, há poucos quilômetros de chegar, foram interrompidos por um caminhão que faz uma ultrapassagem inadequada, proibida e veio pela contramão, acertando violenta e frontalmente o automóvel dos Quintinos em cheio.
Todos os ocupantes do veículo da família Quintino não resistiram o impacto, todos tiveram seus óbitos no local, a família inteira faleceu no mesmo lugar, juntos!
Três dias depois, com tudo resolvido na empresa o sr Lupércio se prepara para seguir ao encontro da sua família, mas até então ainda nem sabia da tragédia que sua prole tinha sofrido.
Já na estrada depois de umas 4 horas de viagem, faltando uns 200 km para chegar, seu telefone toca, ele pára no acostamento atende e uma voz atônita se identifica como assistente social do município Serrano, e faz algumas perguntas ao seu Lupércio sobre grau de parentesco, quem estava no automóvel enfim, ela adiantou que algo grave havia acontecido com a família na rodovia e que era para ele procurá-la na cidade indicada, conhecendo a fama, os perigos e o histórico daquela rodovia ele teve um mal pressentimento.
Isso desestabilizou o seu Lupércio e ele ficou tomado de um presságio, um sentimento ruim que invadiu o seu pensamento, corpo e alma, ele não queria pensar no pior mas também não podia descartar nenhuma possibilidade e a apreensão tomou conta de sua pessoa. Até ali a sua família que dias antes estavam felizes e agora todos no necrotério, esperando para serem enterrados.
Aqueles 200 km lhes pareciam-lhes 600, parecia que não chegava nunca e depois de 3 paradas para abastecer e tomar um café, uma água, depois de mais uma hora e meia ele chega na cidade indicada.
Procura daqui, procura dali, como não conhecia o local, foi perguntando para um, para outro até que chegou na secretaria da família na sede da prefeitura onde foi falar com a assistente social.
Ao entrar na prefeitura, seu Lupércio estava apreensivo e muito nervoso para saber onde estava e o que tinha acontecido com a sua família, a assistente social pausou por um instante cabisbaixa, com ar de tristeza, deu aquela engolida na saliva, foi lentamente levantando a cabeça olhando para o seu Lupércio e mandou aquela clássica frase: "Você vai ter que ser forte"!
Ao sintetizar esta frase, seu Lupércio consternado desabou a chorar mesmo não sabendo na íntegra o que tinha acontecido, ficou alguns minutos em silêncio e depois disse para si mesmo, em voz alta "O quê vai ser de mim"?, "Porquê meu Deus a minha amada família"? “Porquê meu pai”?
Foi quando a assistente social quebrou o gelo e falou que a sua família tinha sofrido um gravíssimo acidente, onde um caminhão chocou de frente com o veículo da família em alta velocidade, devido a gravidade ninguém resistiu o impacto e os ferimentos o todos tiveram óbito no local, todos tiveram morte instantânea, o resgate, bombeiros, socorro chegaram super rápidos, tiraram os que estavam presos nas ferragens mas não tinha o que ser feito, o politraumatismo foi geral.
Longe de sua cidade e perdido, seu Lupércio estava anestesiado, não sabia o que fazer, tinha que providenciar o cortejo coletivo da sua família, avisar os amigos mas nem precisou porque os Quintinos eram super conhecidos e essa notícia já tinha ganhado altas dimensões causando uma grande comoção nacional, chegando ao conhecimento de outros países.
A Prefeitura de San Huiz Del Fuego providenciou os caixões lacrados e o translado para sua cidade de origem, San Paolo, muito triste, uma família praticamente inteira ser velada e enterrada, é de uma surrealidade espantosa.
Passado essa etapa a prefeitura de San Paolo se mobilizou e foi dar um apoio ao Sr Lupércio, feito todos os procedimentos legais para o translado agora segue em comboio de veículos de cadáver em direção A San Paolo.
Depois de quase 8h de estrada os corpos chega na cidade de origem que estava muito triste, aquele foi um mês de Dezembro muito triste, vai ficar marcado e na história.
Velório em família
A família Quintino tinha parentes pelo Brasil, em Angola, nos EUA, na Europa e toda essa parentada queria e exigiu que aguardasse suas respectivas chegada para despedidas e homenagens aos entes queridos.
Um dos tios o Zengabu Quintino (angolano) lamentou consternadamente!
__ Meu Deus! Olha isso que fatalidade, os meus meninos George, Giuliano, Guilhermina, minha cunhada Cecília, o quê e é isso meu Deus não acredito que isso esteja acontecendo, não acredito mesmo! (Em prantos)
No local do velório a tristeza era farta, um ato inacreditável que abalou o mundo, a família estava em Luto total, a cidade também, foi uma facada do destino no peito da família.
Sr Lupércio recebeu milhares de condolências inclusive vindas do Japão, da Europa, Turquia, dos EUA, de todos os lugares e pessoas que tiveram a oportunidade de fazer amizade e ter conhecido o Espaço Cecília Quintino.
Após mais 24h de velório, chega o momento mais triste, os corpos seriam enterrados no Cemitério Monumental de San Pietro e ali todos seguiram para as últimas homenagens.
As emissoras de televisão fizeram a cobertura do acontecimento e a todo instante era noticiado, até o final do cortejo.
O sepultamento em família! A Família Quintino!
A família Quintino diminuiu de forma súbita com os falecimentos só restou apenas o Sr Lupércio Quintino e o Vhirapitt (o dog da casa) que também já estava sentindo a falta de todos principalmente da Guilhermina a filha caçula.
Como arquiteto aposentado Lupércio sempre foi um gênio, sempre teve ótimas idéias, uma criatividade fantástica e acima da média até surgir a ideia de pintar a casa toda de preta, embora pareça estranho, sombrio, foi uma ideia atípica, distinta e única, a Casa Black ficou muito simpática.
O Sr Lupércio Quintino levou algum tempo para dissolver a sua tristeza, aprendendo lidar com a solidão e projetando a reforma da sua residência e aos poucos suas idéias foram ganhando corpo e realidade.
O Espaço Cecília Quintino ainda não tinha nenhum projeto e nem perspectiva de recomeço após a tragédia, não estava na idéia do Sr Lupércio e ninguém tinha coragem de perguntar nada a respeito.
***
Seu Lupércio Quintino resolveu pintar as paredes externas em latex preto, as janelas, portas e calhas em sintético dourado, os portões em branco gelo sintético.
Na parte interna Lupércio Quintino projetou as pinturas todas em branco neve, piso em lajotas antiderrapante branco com as portas e batentes na mesma linhagem em branco sintético.
Após o projeto ele fez alguns orçamentos, contratou dois pintores e seguiu com o seu projeto. Muitos acharam muito louco e despropositado, outros estranho mas para quem sofreu um baque com a perda da família inteira, qualquer coisa viraria arte.
Quem já passou por isso sabe que não é fácil, que não tem volta, e que muitos não aguentam, só mesmo com um suporte espiritual pode dar uma aliviada pois a melhor saída num momento como este é se apegar em Deus e procurar entender os desígnios da vida.
Depois de pronta a The Black House ficou muito interessante, finalmente a Casa Preta estava alí atraindo olhares, admiração, comentários, até que a Casa Preta não ficou tão estranha assim, ficou diferente de tudo, na verdade uma raridade.
Uma coisa é certa, a Casa Preta virou referência, ficou muito conhecida e arrisco em dizer que virou celebridade por ter sido a única Casa Preta da Vila e quem sabe até do Município.
Mas isso para o Sr Lupércio Quintino não tinha tanta importância assim, sem a sua família completa um sentimento de vazio estava sempre presente, a ausência de todos era imensurável, as lembranças das brincadeiras, gargalhadas agora se convertia em lágrimas e tristeza.
O engraçado é que aquele ato da Casa pintada toda de Preto parecia uma celebração, onde a parte externa representava seu mundo vazio, sem luz, apagado, sem brilho e na parte interna a presença da luz Divina estava constantemente presente, tudo branquinho, clarinho em sinal de paz que amenizava toda aquela tristeza que sentia pela falta de seus entes queridos, seus pretinhos amados conforme suas palavras.
A Família Quintino antes da Casa Preta era uma família no bom sentido, invejável na educação, no caráter, na amizade. Os Quintinos sempre foram exemplares, na verdade um modelo de família, raridade de se ver nos dias atuais e com tantos desencontros que a sociedade vem sofrendo com as leis que estimulam o erro e consequentemente o desencaminhamento de muitas crianças e adolescentes, dificilmente ver-se-á uma igual.
A família Quintino é referência, aos poucos o Sr Lupércio Quintino vai aprendendo a conviver e assim se refazendo mas a sequela será eterna, a família Quintino agora só está unida pelos corações…
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Fim